Podemos dizer que existe uma área em que Brasil não sentiu nenhum tipo de dificuldade durante a pandemia e permanece se destacando no mundo: é o agronegócio. Mesmo com tudo que rolou durante os últimos dois anos, o país não sentiu os efeitos negativos. Pelo contrário. No ano passado, o setor teve participação de 27,4% no PIB brasileiro, o maior resultado desde 2004.
Naturalmente, esse crescimento foi fundamental para impulsionar outros segmentos, como transporte, logística, imobiliário e até o comércio. Mas não para por aí. Uma área aproveitou esse ótimo momento e, também, literalmente, vem alçando novo voos. Trata-se da aviação agrícola.
Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), o Brasil dispõe de 2.432 aeronaves, sendo 2.409 aviões e 23 helicópteros. Sabe o que isso significa? É a segunda maior frota mundial. Isso mesmo. Só perde para os Estados Unidos, que beira a casa das quatro mil aeronaves. Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás são as quatro principais frotas nacionais.
Essa representatividade não é por acaso. A aviação agrícola tem um papel indispensável nos diversos serviços da agricultura nacional. Isso é presenciado no tratamento fitossanitário, distribuição de fertilizantes e sementes. Some a isso o combate a incêndios.
Na esteira desse crescimento, outro equipamento vem ganhando espaço. Trata-se dos drones, que cada vez mais amplia sua participação no mercado. Tornaram-se essenciais para identificar, por exemplo, focos de infestação de plantas daninhas. Podem, por exemplo, operar em áreas de difícil acesso, onde as aeronaves não operariam. Em outras palavras, essas duas tecnologias (aeronave e drone) se complementam. Outra notícia para o agronegócio nacional.