Indústria aeronáutica: agronegócio também impulsiona seu crescimento

Um setor em constante expansão e que se transformou em um dos principais protagonistas da economia nacional. Assim pode ser definida a indústria aeronáutica brasileira, que tem neste 17 de outubro o dia especial para celebrar essa rica história. Aliás, a data foi escolhida a dedo, uma vez que marca o voo inaugural do Muniz M-7, no distante ano de 1935.

De lá para cá, muita coisa aconteceu nessa indústria. Hoje, a Embraer, criada em 1969 como empresa estatal e privatizada em 1994, é uma das quatro maiores fabricantes de aeronaves do mundo. Outro detalhe que mostra a força dessa indústria nacional está no tamanho de sua frota de helicópteros. Para se ter ideia, São Paulo é a maior do mundo, ficando à frente de lugares com Nova York e Tóquio.

Esse crescimento também foi impulsionado por outro segmento: o do agronegócio. Afinal de contas, é um segmento que utiliza bastante esse tipo de aeronave para transpor as fronteiras agrícolas no Brasil. E mais: A ligação entre os dois setores é histórica. O país foi pioneiro no desenvolvimento e na fabricação do primeiro avião movido a álcool: a aeronave Ipanema, lançada em 2005. Desde então, é usada na pulverização aérea e se tornou líder nesse segmento, com 60% de participação nacional e quase 1,5 mil unidades entregues.

Somente neste ano, a divisão de aviação agrícola da Embraer comercializou 50 unidades da versão EMB-203 da Ipanema, o que representou um crescimento de 100% em comparação com o ano de 2020. Hoje, o Brasil tem a segunda maior frota do mundo de aviões agrícolas, e perde apenas para os Estados Unidos.

Esse crescimento da aviação no agro não se limita a esse tipo de modelo. Estudos mostram que empresários do agronegócio precisavam se deslocar entre fazendas e indústrias de forma ágil. Necessitavam de toda flexibilidade, capilaridade e operacionalidade que a aviação de negócios oferecia. Isso para chegar de forma mais rápido, em mais locais e opções. Muitos fazendeiros e donos de grandes áreas adquiriram e começaram a fretar aviões, contribuindo, e muito, para o crescimento desse setor.

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